sábado, 27 de fevereiro de 2010

Júniores: Pêro Pinheiro 2-0 Mercês

Nesta tarde de Sábado, onde as condições climatéricas foram impiedosas, os júniores do C.A. Pêro Pinheiro recebeu no seu reduto a equipa da União das Mercês, tendo a vitória sorrido à equipa da capital do mármore, já no final da partida.

A equipa do Pêro Pinheiro começou o jogo a favor do vento, que soprava muito forte sem dar tréguas, dificultando sobretudo as tarefas defensivas da equipa das Mercês. O que é certo é que a equipa da casa não teve um começo intenso e pressionante, como tem sido norma esta época. As iniciativas ofensivas do Pêro Pinheiro não tinham o resultado desejado porque as bolas eram colocadas pelo ar e fugiam aos atacantes, não dando qualquer hipótese para a construção de jogadas mais elaboradas. Por sua vez, a equipa das Mercês ia suportando as iniciativas ofensivas do Pêro Pinheiro, cobrindo bem os seus espaços na retaguarda e jogando a bola de forma simples. De vez em quando, a equipa da linha de Sintra chegava perto da área adversária, mas não se registaram momentos de aperto na baliza defendida por Mário.
Apesar do Pêro Pinheiro ter a iniciativa de jogo, a sua atitude não era a mais adequada, pois mostrava uma apatia generalizada, não aproveitando o factor vento, que soprava cada vez mais forte, para rematar à baliza adversária. O jogo ia tendo um ritmo baixo e não se praticava o melhor futebol, devido às condições climatéricas.
Resultado ao intervalo, 0-0.

No segundo tempo, a equipa das Mercês tomou a iniciativa do jogo, aproveitando o facto de estar a jogar a favor do vento. Os forasteiros apostavam nas jogadas pelos flancos, através dos seus jogadores mais dotados tecnicamente, mas os cruzamentos ou remates efectuados não levaram o melhor destino, também fruto do bom posicionamento defensivo do Pêro Pinheiro.
A equipa da capital do mármore raramente conseguia sair do seu meio campo com o esférico controlado, devido ao vento e à pressão efectuada pelas Mercês. E quando conseguia chegar perto da área adversária, as iniciativas esbarravam quase sempre na forte dupla de centrais forasteiros, que resolvia bem as situações de maior aperto. Também as tomadas de decisão dos jogadores do Pêro Pinheiro não eram as melhores, resultando nalgumas perdas de bola desnecessárias.
Com o tempo a esgotar-se, as Mercês continuava por cima no jogo, mas sem conseguir ter resultados práticos.
Nos últimos dez minutos da partida, a equipa do Pêro Pinheiro percebeu finalmente como avançar no terreno de jogo, e isso permitiu-lhe soltar-se da pressão das Mercês e partir em busca do resultado. Devido às substituições que trouxeram mais frescura para dentro de campo e com as trocas de bola rápidas pelo chão, com as boas movimentações ofensivas, a equipa da casa sentia que era capaz de alterar o marcador. E isso aconteceu mesmo à passagem do minuto 87. Na sequência de um pontapé de canto cobrado no lado esquerdo, e após um ressalto, a bola sobra para o central Nuno Simões, que à frente da baliza não perdoou e inaugurou o marcador.
Poder-se-ia pensar que a equipa das Mercês iria intensificar a sua pressão, mas nem teve tempo para reagir, porque aos 88 minutos, num grande remate fora da área, Kiko marca um golo de bandeira e de grande mérito.
Até ao final do jogo, o Pêro Pinheiro conseguiu controlar as movimentações adversárias, não havendo mais situações dignas de registo.
Resultado final, 2-0.

Jogo bastante atípico, devido à chuva e ao vento muito forte, que só abrandou a sua intensidade já perto do final do jogo. Se as condições climatéricas fossem outras, o jogo poderia ter decorrido de uma maneira mais atractiva e estimulante para os intervenientes e até mesmo para o público.
A equipa do Pêro Pinheiro não esteve brilhante ao longo desta partida, mas já na recta final conseguiu ter o discernimento para jogar de uma maneira mais simples e eficaz, através do transporte de bola para o meio campo adversário. Esta alteração de atitude foi preciosa e valeu sem dúvida os três pontos conquistados, contra uma equipa sempre difícil.

Arbitragem regular e sem erros assinaláveis.

* Equipa inicial:
Mário
Tiago Sousa, Vasea, Nuno Simões, Graça
Ribeiro, Urmal
Francisco(c)
Lunar, Tiago Silva
Bruno

* Substituições:
- entrou Júnior por Tiago Silva, Vilar por Ribeiro, Kiko por Lunar e Conde por Vilar

* Disciplina:
- nada a assinalar