sábado, 28 de março de 2009

Júniores: Damaiense 1-2 Pêro Pinheiro

A equipa de júniores do Pêro Pinheiro foi esta tarde conquistar três pontos à Damaia, contra a formação local. Num campo pelado que até tinha dimensões consideráveis, a grande dificuldade acabou por não ser o piso, mas sim o vento impiedoso que soprou durante todo o encontro, levantando poeira e dificultando a jogabilidade. Vitória suada e merecida, por 1-2.

Durante o primeiro tempo, a equipa do Pêro Pinheiro jogou a favor do vento, o que lhe possibilitou uma grande quantidade de ataques. A bola, na maioria das vezes, era disputada no meio campo do Damaiense, que se limitava a lutar contra as condições adversas. O Pêro Pinheiro pressionava muito bem na zona central do terreno, ganhando muitas bolas que eram colocadas nas alas, para os seus jogadores mais velozes. Pouco a pouco, o Damaiense foi-se soltando da sua zona defensiva, e conseguia até construir jogadas com algum perigo, pois estava mais rotinado ao terreno de jogo. Numa delas, o seu ponta de lança esteve perto do golo, valendo o facto de ter acertado mal na bola, facilitando a defesa do juvenil João. A equipa da casa deixou o aviso, que minutos depois veio mesmo a concretizar-se em golo. Após um lançamento de linha lateral, um jogador da casa coloca a bola a rasgar a defesa do Pêro Pinheiro, onde apareceu o ponta de lança a finalizar para o fundo das redes, na zona do penalti. Estava feito o 1-0.
O Pêro Pinheiro não baixou os braços, e criou inúmeras oportunidades de golo num curto espaço de tempo. A primeira delas foi por Vasea, que após um pontapé de canto marcado na direita por Dário, falhou a finalização à boca da baliza. De seguida, Russo, num livre pouco depois da linha do meio campo descaido para a direita, enviou o esférico à barra da baliza do Damaiense, aproveitando o factor vento. Finalmente, Márcio falhou o golo à boca da baliza, à semelhança de Vasea, após um balão que foi cair na pequena área adversária. Sentia-se que o golo estava por minutos, e seria uma injustiça caso não viesse a acontecer. Pois bem, num livre rapidamente executado por Graça no meio campo do Damaiense, Francisco recebe a bola e remata fortíssimo de pé esquerdo, para o fundo das redes adversárias. Um golo magistral, apontado a 30 metros do alvo, com a preciosa ajuda do vento, que soprava a favor. Estava feito o empate. A equipa do Damaiense foi abalada por este golo, e mais ficou a seguir quando Dário, após ter ganho uma segunda bola à entrada da área adversária, rematou para a reviravolta no marcador. Estava feito o 1-2.
Até ao intervalo, não ocorreram lances de maior perigo para ambas as equipas.
Ao intervalo, 1-2.

No início da segunda parte, o Damaiense imprimiu um maior ritmo de jogo, tal como seria de esperar, pois o vento e a poeira estavam contra toda a equipa do Pêro Pinheiro. Curiosamente, o Pêro Pinheiro poderia ter dilatado a vantagem, pelo juvenil Valério, num bom trabalho individual dentro da área adversária, que apenas não deu em golo pela falta de força na finalização do ponta de lança. O Damaiense tentava explorar a velocidade dos seus jogadores mais adiantados, através de bolas colocadas nas costas da defesa vermelha e branca, mas o quarteto mais recuado do Pêro Pinheiro estava bastante regular, não permitindo jogadas de perigo. A equipa da casa conseguia criar alguns calafrios somente através de pontapés de canto, que devido ao vento, eram marcados directamente para a baliza de João. Com um jogador colocado em cada poste, preveniram-se situações de maior embaraço, sobretudo por intermédio de Dário e do juvenil Condesso, que salvaram a bola em cima da linha de golo, por duas ocasiões. As alterações tácticas feitas ao intervalo na equipa da capital do mármore, possibilitaram uma maior cobertura de espaços e davam coesão entre sectores.
O Pêro Pinheiro, jogando contra o vento e poeira, tentava colocar a bola o mais longe da sua baliza, através de Márcio e de Valério, dois jogadores que seguram muito bem o jogo. E até houve algumas jogadas onde a bola rondou a baliza do Damaiense com algum perigo.
Até ao final do encontro, o Damaiense tantava chegar pelo menos ao empate, mas não conseguiu violar as redes de João, sobretudo devido à entreajuda demonstrada pelos jogadores do Pêro Pinheiro. Um exemplo disso é o lateral Russo, que fechou muito bem o centro da defensiva, impedindo numa ocasião que o ponta de lança adversário rematasse para o golo do empate.
Resultado final, 1-2.

Exibição de grande sacrifício por parte da equipa do Pêro Pinheiro, que contou apenas com 13 jogadores disponíveis para este encontro, sendo 6 deles juvenis. Contra o terreno de jogo, vento incessante e poeira constantemente no ar, o espírito de equipa falou mais alto, colmatando todas as falhas que existiram durante os 90 minutos.
Todos os jogadores demonstraram uma atitude positiva, e sobretudo guerreira, que possibilitaram este triunfo bastante importante.

Arbitragem regular e sem erros significativos.

* Equipa inicial:
João
Rocha, Vasea, Gustavo, Russo
Graça, Condesso
Francisco (c)
Márcio, Dário
Valério

* Substituições:
- entraram Diogo por Márcio e João por Dário

* Disciplina:
- nada a assinalar